Observacoes 2ª edição <$BlogRSDUrl$>

sábado, janeiro 31, 2004

Esta semana enviei dois convites para participação neste Blog.
Um foi correspondido, a Gertrudes, que passará a identificar-se como GG.
O Paulo ficou com a net pendurada e perdeu o mail....mas vai aceitar e passará a ser o PM.

sexta-feira, janeiro 30, 2004

Mas gosto das ameixeiras de jardim.
Detesto os paisagistas que colocam ameixeiras de jardins com arvores de arruamento.
O Projecto escreve sobre telas de protecção de edifícios. Eu apelido-as com o simpático nome de “combinações” (aqueles artigos femininos que deslizam sobre o corpo e que apelam ao tacto).
De facto e perdoem-me nos últimos tempos tenho escrito pouco limitando-me a observar o que vai sendo escrito nos blogs favoritos reflectindo depois com mensagens curtas e instantâneas.
Sobre as combinações lembro-me das minhas avós que invariavelmente utilizam-nas pretas. Mais tarde passaou-se para o branco e com o advento da sociedade de consumo passaram a estar disponíveis em várias cores, desde o vermelho, bordeux, futchia, azul.....
De facto devo afirmar que o LAC tem toda a razão, o verde (preto de combinação) ainda impera em grande parte do meio, no entanto a réplica da fachada (branco da combinação) já domina a paisagem, especialmente nos grandes centros. Esperemos que a sociedade de consumo invada a paisagem urbana com cores variadas e mensagem apelativas a curto prazo, sinónimo que o bem estar económico do pais melhorou.
As razões evocadas por LAC para além de estéticas ligam-se a um ambiente que se quer cosmopolita e atraente do ponto de vista do cenário urbano não se podem dissociar do fenómeno da globalização que anteriormente referiu mum post..
No entanto julgo que um caminho longo ainda teremos de percorrer neste campo e que diz respeito ao pormenor. A circulação de pesados em torno dos estaleiros, a garantia de acessibilidade e segurança aos transeuntes e a não destruição do património público adjacente são pormenores que importa referir e alterar numa estratégia a ser implementada pelas autarquias no campo da inovação, formação e da dinamização das estruturas empresariais e comerciais ligadas á construção.
Acrescento como nota um cenário que me foi oferecido em Veneza no ano passado. Ali qualquer obra era delimitada a placas de OSB transmitindo um ambiente agradável á visão e ao tacto a quem visita a cidade.
Ainda sobre um post do Projecto sobre globalização, não me acredito que a rainha de Inglaterra tenha um rato um monitor e um teclado, mas inclino-me a acreditar que tenha um plátano no seu jardim.
Considero o plátano uma arvore que simboliza o fenómeno da globalização e acreditem em qualquer parte do mundo poderemos encontrar uma ou várias árvores deste género (mais propriamente a espécie Platanus hybrida).

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Em 22.01.2004 e mais tarde em 23.01.2004 uma pergunta é feita "Para que serve uma praça?"
Bom desafio.
Eu gosto da Praça de Los Fueros de Chillida em Vitoria no Pais Basco. Será que é este o conceito? Ou Schouwburgplein de Adriaan Geuze, ou da praça Pi em Barcelona.
Eu iria acrescentar uma outra pergunta, para que serve uma alameda?

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Ontem li a entrevista com José António Pinto Ribeiro na Pública.

Fiquei preplexo com o texto da entrevista que passo a transcrever um excerto que considero bastante importante e que de uma forma objectiva descreve o modelo que vigora neste estado de direito:
"... Em 1978, através de um contacto que mantinha com a Amnistia Internacional, pediram-me de Londres para eu acompanhar um jurista alemão, processualista, que vinha a Portugal fazer um relatório sobre o nosso Processo Penal. Durante quinze dias assistimos juntos a vários julgamentos, porque o que ele queria ficar a saber era como é que em Portugal se julgavam as pessoas em processo penal. Foi uma experiência extraordinária, porque aprendi com as questões que ele me ia levantando durante as sessões de julgamento, a olhar de outro modo para coisas, para singularidades processuais que eu, até aí, tinha tomado como naturais, como banalidades evidentes e evidências banais e que... são terríveis. Além do mais são, quanto mais não seja simbolicamente, terríveis heranças do antigamente, que o 25 de Abril não soube mudar, não soube afastar. No meu estágio ( ainda durante a ditadura, em finais dos anos sessenta início dos anos setenta), tive que fazer algumas defesas oficiosas e fiquei literalmente enojado com o processo penal, mas pensei, como muitos outros, que tudo aquilo tinha a ver com o regime e que, quando viesse a democracia, tudo se resolveria. O importante era pôr o empenhamento na transformação política e não, propriamente, na consolidação de um Estado democrático de Direito! Isso viria depois por si. Quando aconteceu o 25 de Abril, achei, pois, talvez como toda a gente, que o universo da Justiça ia naturalmente, por si, ao sítio. Ora o que este jurista alemão me fez perceber é que, afinal, isso não acontecera e que, naquela sede, pouca coisa tinha mudado. Aquele Professor alemão parecia um marciano a fazer-me perguntas, para as quais eu não tinha resposta, porque para mim eram evidências: num julgamento, entrou um senhor vestido de preto e ele perguntou-me - quem é?, - é o advogado de defesa, - e aquele outro que agora entrou? - aquele é o acusador público, é o delegado do Ministério Público, - ah, muito bem e porque é que toda a gente se levantou quando o MP entrou? - porque é magistrado, porque é assim, e ele - curioso, era assim na Alemanha até 45! e porque é que o MP está sentado lá em cima, junto ao sítio dos juízes, num plano mais elevado do que o do advogado de defesa? - pela mesma razão, disse eu, - também era assim na Alemanha até 45! A noção de igualdade entre a acusação e a defesa impõe que isso tenha uma tradução arquitectónica nas salas de tribunal, não lhe parece? Perguntas destas e outras tantas deixaram-me muito perplexo. ..."

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quinta-feira, janeiro 22, 2004

Hoje o Sabor a Sal sugere In Absentia e eu gostei.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Li hoje um post interessante sobre a condição da interdisciplinaridade no nosso pais.
Eu vou tentar complementar resumidamente o que sinto em relação a este assunto:
Projectos de loteamento
o que começa tudo:
1.arquitecto - aquele que produz o desenho e se desliga após o licenciamento da operação
depois:
2.o eng. de arruamentos que altera a morfologia e a ideia do arquitecto e que se esquece da acessibilidade e da segurança
3.o eng. das águas o que desenrasca o abastecimento da água e tenta encaminhar as águas limpas para o rego mais próximo e as sujas para a pior ETAR
4.o eng. da eletricidade o que faz cumprir através de riscos os regulamentos apertados da EDP e que deixa o espaço ás escuras
5.o eng. dos telefones e do gás que tb. é da eletricidade produz riscos para ligar aos riscos das entidades que entram no processo em termos vinvulativos
6.o paisagista que preenche os canteiros
e ainda depois:
7.os serviços que bombardeiam os projectos e não cedem informação de base
8.as ficalizações que adulteram tudo o que aparece pela frente
9.mais os promotores que começlam com uma ideia de qualidade e terminam num bairro tipo clandestino
Planos de Pormenor
1.interessa é colocar o máximo numero de fogos depois que venha a interdisciplinaridade num colete de forças
Resultado montes de papel deitado ao lixo, as autarquia e os demais organismos intervenientes a abarotar de papel sem qualquer interesse em termos administrativos.
A&V
Independentemente da qualidade do conteudo da referida revista, julgo que foi uma boa aposta por parte dos editores num espaço editorial que se encontrava vazio.
Teve um impacto no mercado pois é barata, tem uma qualidade gráfica escapatória, aborda temáticas interessantes, mostra projectos, divulga noticias variadas etc...
Se deverá fazer referência a blogues, não sei, talvez....um blogue é um blogue, uma revista é uma revista.
Um blogue poderá ser um espaço de expressão individual ou de um grupo com uma identificação muito especifica, e só o visita quem quer e se tiver internet, uma revista é um projecto completamente diferente.
O que julgo importante neste momento será a A&V consolidar-se e não regredir na exposição das temáticas a que se propõe e neste caso refiro a Arquitectura Paisagista no meu post de 15.01.2004.
Julgo ainda importante termos uma revista que se consolide no mercado afim de poder constituir uma referência ao contrário de outras que se foram esgotando ao longo do tempo.
Se for mais grossa, ainda bem, é sinal que muito se produz neste pais, mas por favor não se torne cor de rosa.

Que grande confusão sobre a A&V. Mais uma vez parabéns LAC.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Dei conta do post de Luis Nazaré o "Horror Regional" na Causa Nossa com referências ao mesmo no Estaleiro "Urge voltar a falar de regionalização".
São post de alguma qualidade para os quais eu desejaria deixar uma reflexão no ar.
Será que não seria importante uma reorganização administrativa do território, ou seja passar de 360 e poucos municipios para o número adequado e real representado pela espacialização da nossa população no território. Será que não seria importante a junção de um ou vários municipios num unico limite administrativo. Bastará ver o que se passa em inumeros lugares completamente desertificados no interior do nosso pais.
Se então observarmos o número de freguesias completamente votadas á desertificação então o número baixaria substancialmente.
Por outro lado importaria analizar e decidir de uma forma suprapartidária a divisão administrativa em locais onde os problemas se tornaram bastante complexos.
Por muito que custe a redução de mandatos politicos para os vários partidos, julgo que com a pedagogia adequada junto das populações se poderia projectar a imagem moderna de Portugal do século XXI.
ESTRANHO E RIDICULO
+Á poucos dias fui convidado por um promotor para fornecer uma proposta de trabalho para um loteamento que irá usufruir de uma frente fluvial bastante generosa. Afim de enquadrar a referida, solicitei ao mesmo o teor da informação técnica da autarquia em causa para poder avaliar os eventuais condicionamento para o local. Esperando que a mesma pudesse refletir referências aos cuidados a ter no sistema de vistas, revestimento vegetal, tipo de infraestruturas a contemplar, fiquei estupefacto quando o referido fazia só e só a descrição do mobiliário urbano a utilizar (espalhol...) e das armaduras e tipos de postes a utilizar na iluminação pública.
É ridiculo o estado desta situação que começa a proliferar um pouco por todo o país.
.....
Caso me seja adjudicado o trabalho vou criar um bolsa de estacionamento condicionada a entrada de viaturas de custo superior a 50.00€.
Ainda sobre a Arquitectura e Vida.
Sendo um leitor regular da revista citada, vejo com alguma mágoa o esvaziamento da mesma na temática da arquitectura paisagista. É estranho pois a mesma faz referência na capa ao conjunto de temáticas ali tratadas. Mais ainda se torna estranho quando no passado mês de novembro re realizou em Barcelona a III Bienal da Paisagem a qual contou com variados projectos elaborados por AP portugueses, tendo mesmo sido um deles selecionados para os dez melhores trabalhos para discutir o Prémio Europeu de Paisagem Rosa Barba.

Fiquei contente com a referência ao Projecto na Arquitectura e Vida.
De facto é dos melhores.

domingo, janeiro 11, 2004

Ainda sobre a limpeza urbana

Várias discussões tenho tido sobre este assunto com vários engenheiros de infraestruturas. Discussões estas que se prendem ao tipo de revestimento dos nossos espaços urbanos.
A minha teoria é simples, temos de adequar um revestimento tipo, ou vários tipos afim de responder ás necessidades da sociedade.
Não sou contra a calçada, mas julgo que este será um material a limitar ao nível dos revestimento. Bastará olhar para qualquer passeio e compreender as irregularidades existentes nos passeios, nos estacionamento, sendo como tal impossivel mecanizar este tipo de espaços devido á aspiração dos materiais finos das juntas da pedra.
Somos conservadores neste campo. No entanto não sabe a generalidade do cidadão que a pedra utilizada na generalidade das calçadas é de 3ª ou 4ª escolha, pois as outras são para exportação.
É comum um local qualquer na Alemanha ou em outro país qualquer ser pavimentada a granito português.
Será que é isto que todos nós queremos?

Setúbal só dará tréguas ao lixo até Fevereiro. Esta é uma noticia de um trisemanário cá do burgo.
Constacto que a empresa privada a quem foi adjudicado o serviço de limpeza da cidade poderá estar em apuros.
A minha apreciação é cautelosa pois, na minha modesta opinião o desempenho da referida empresa é bom, tal como era o desempenho dos serviços da C.M.Setúbal.

No entanto uma pequena reflexão deverá de ser feita, será que existe alguém capaz de desempenhar uma tarefa tendo como suporte uma estrutura urbana recente (últimos 20 anos) mal planeada, selvaticamente preenchida onde o problema de gestão das infraestrutras nunca foi sequer ponderado.
Outro problema deveras conhecido é a falta de sensibilização e a obrigatoriedade no respeito de regras. Os cidadãos habituaram-se a ser clientes das suas autarquias e como tal exigem, e como tal não dão nada em troca.

Continuo gostar dos centros históricos, normalmente são limpos. Na altura não havia H2, H3 e outros simbolos urbanisticos.
Os referidos continuam a funcionar bem a todos os níveis e constituem ainda a charneira do suporte económico das nossas cidades.

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Aos 60 tenho 36 anos de serviço, o governo não me chumbou.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Apoio a Margueira sou contra as torres do Vieira.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Um site português bastante simpático como banco de imagens.
Achei interessante a teoria da fragilização política de Pacheco Pereira na entrevista ao Público de Domingo sobre a coligação PSD-PP.
Achei ainda mais interessante a nomeação pelo próprio, de Durão Barroso e M. Ferreira Leite para as personagens mais destacadas do actual governo da nação.
Fiquei surpreendido com tudo isto.
A razão liga-se ao facto de após o fecho de 2003 e retrocedendo no tempo e lembrando alguns troços do referido ano, onde a questão da agricultura, das pescas, dos fogos florestais, das áreas protegidas com o devido reflexo na personagem em causa não tenha sido referido na analise feita. Parto do principio que nas entrelinhas a avaliação é má, muito má, contrariando a avaliação positiva que o mesmo faz da governação.

De regresso desejo um bom ano de 2004 a todos os visitantes regulares deste diário de observações.
Nesta passagem administrativa, julgo que todos nós influenciados por uma mera passagem administrativa imposta pelo calendário que resulta em momentos de euforia e alguma felicidade imposta pelo meio envolvente, somos confrontados novamente com a dureza da situação nacional que ameaça prolongar-se indefinidamente.
Espero sinceramente que o ano de 2004 seja o inicio de um momento de viragem para todos nós.

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